Bem vindos!!!

terça-feira, 10 de maio de 2022

 

Linguagem verbal e não verbal

Por Denyse Lage Fonseca

Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância (UFF)
Graduação em Letras (Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira, FUNCESI)


Todo mundo sabe que a gente só se comunica por meio da linguagem, não é verdade? Sem ela, não há interação entre as pessoas. A linguagem compõe-se de elementos verbais e não verbais! Mas, você sabe a diferença entre eles? Bom, “verbal” vem do latim verbum, que significa “palavra”. Por isso, a linguagem verbal é o uso da palavra na comunicação, seja na oralidade ou na escrita:

Prazeres

Bertold Brecht

O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal
O cão
A dialética
Tomar ducha, nadar
Velha música
Sapatos cômodos
Compreender Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser amável.

Note que Bertolt Brecht construiu o poema acima com a linguagem verbal. Isto é, ele usou as palavras para enumerar os prazeres da vida. Se a linguagem verbal é o uso da palavra, a linguagem não verbal é o não uso da palavra na comunicação. Nesse caso, entram em cena vários elementos, como estes.


😂😉😢😜🤢😆😆🙄😮🤐
😴😤🤑😱🥶🥵🤮🤧🥳🤫😰😩

Quem não conhece essas carinhas, hein? Esses elementos não verbais exprimem diferentes sentimentos e pensamentos nas redes sociais, que são marcadas pela agilidade na comunicação. Muito bonitinhas, não?

As expressões faciais, a pintura, a dança, os sinais, os desenhos... Todos eles são exemplos da linguagem não verbal:

 





Há textos que apresentam apenas a linguagem verbal e há textos que apresentam apenas a linguagem não verbal. Mas, há aqueles que misturam as duas! Nesse contexto, apresentam a linguagem mista. Veja




Alexandre Beck. Disponível em: <https://tirasarmandinho.tumblr.com>

Na tira do Armandinho, a linguagem verbal e a linguagem não verbal fundem-se de modo harmônico, compondo o texto que visa à crítica social. Podemos citar outros textos que também empregam a linguagem mista: propagandas, notícias, reportagens, manuais de instrução, embalagens de produtos...

Enfim, a linguagem constitui-se de elementos (verbais e não verbais), que são instituídos pela sociedade, para a interação entre as pessoas nas diversas situações comunicativas. Portanto, a linguagem é uma atividade interativa, concretizada mediante os conhecimentos e valores de mundo compartilhados entre os sujeitos envolvidos.

Para reforçar:

  • Linguagem verbal: uso da palavra na comunicação.
  • Linguagem não verbal: o não uso da palavra na comunicação.
  • Linguagem mista: a união da linguagem verbal e da linguagem não verbal na comunicação.

Referências:

BECK, Alexandre. Tira do Armandinho. Disponível em: <https://tirasarmandinho.tumblr.com>. Acesso em: 21 de outubro de 2019.

BRECHT, Bertold. Poema e canções. Coimbra, Livraria Almedina, 1975.

FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Texto não verbal. In: ___Para entender o texto: leitura e produção. 15 ed. São Paulo: Ática, 1999, p.371-383.

Imagens referentes à linguagem não verbal: Disponíveis em: <https://pixabay.com>.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/comunicacao/linguagem-verbal-e-nao-verbal/

 

 






O LIVRO PARADIDÁTICO COMO FERREAMENTA DE APRENDIZAGEM

O livro paradidático e sua importância:

        Através do livro paradidático trabalhamos a linguagem verbal e não verbal. Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros.

          A leitura é a atividade linguística mais difícil e complexa, é um dos processos de aquisição da lectoescrita e, como tal, compreende duas operações fundamentais: a decodificação e a compreensão.

          O livro paradidático é um recurso indispensável dentro do espaço escolar, pois o professor pode utilizá-lo como suporte para planejar suas aulas, elaborar atividades, selecionar questões, ampliar seus conhecimentos, desenvolver a oralidade, ampliar o vocabulário, despertar a imaginação e muitas outras emoções.

A leitura é importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser iniciada no período da Educação Infantil e continuar em diferentes graus de ensino. Ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento.

       O livro paradidático é peça fundamental para o cumprimento do currículo escolar, pois com ele o aluno lê, enriquece as ideias e pode aprender diversos temas em outras disciplinas.

       As histórias transportam o leitor para outro tempo, outro lugar, outra cultura é uma viagem que ajuda a sonhar, pensar e descobrir.

    Essa importante ferramenta aborda histórias diferentes utilizando uma linguagem comum, e precisa ser trabalhada com mais criatividade, pois de forma errônea proporciona um afastamento rápido entre a criança e o livro, agravando a crise da leitura no Brasil que já parece como um mal crônico.

          Podemos ver o quanto a falta de leitura está acabando com a educação dos nossos jovens, uma matéria no g1.globo.com mostra bem a realidade da falta de leitura na sociedade.

529 mil alunos ficaram com nota zero na redação do Enem 2014, diz MEC Índice representa 8,5% dos candidatos participantes.
Nota de cada um dos 6,1 milhões de estudantes saiu nesta terça.









Queda na média
Ainda segundo o MEC, a média das notas em redação teve uma queda de 9,7% em relação ao Enem de 2013 entre os alunos que estão concluindo o ensino médio. Em matemática, a queda foi de 7,3% em relação ao exame anterior.
        

          Em diversos lugares a dificuldade que as pessoas encontram hoje em se expressar através de textos está tomando uma proporção assustadora. O desafio em ordenar palavras e dar sentido a ideias aumentam a cada dia com as gírias, repetição de palavras, erros ortográficos, abreviatura na escrita ou na fala, atrapalhando a escrita de textos com lógica e coerência.

          É claro o desinteresse das crianças e adolescentes por essa atividade, se antes a televisão era a responsável por isso, hoje temos uma gama de recursos tecnológicos à disposição, desviando ainda mais a atenção dos livros.

            Os benefícios do livro paradidático na vida do educando são incalculáveis e para toda vida, é basilar para a aprendizagem de todas as disciplinas do currículo escolar.

         Um bom trabalho de leitura leva a criança a querer ler mais, a buscar saber, pesquisar curiosidades, viajar na imaginação, desenvolver grandes criatividades e adentrar-se no mundo da arte, do desenho e da imagem, através das instituições. A leitura aumenta a habilidade de escutar, ajuda na concentração, desenvolve seu sentido crítico, aumenta a variedade de experiências, enriquece o vocabulário, amplia o conhecimento, cria alternativas de diversão e prazer no universo escolar, aumenta a chance de escrita com coerência, contribuindo automaticamente para o sucesso da escolarização.


                                                               Silvia Carla Nunes
                                                                   Pedagoga / Psicopedagoga
                                                                    Reg.0557/09  Reg.2010800279

















 



terça-feira, 11 de junho de 2019

Depressão Infantil
Ao contrário do que muitos pensam, criança também sofre de depressão. A depressão que sempre pareceu um mal exclusivo dos adultos hoje em dia afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo.
Diagnosticar depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com malcriação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança.
Costuma manifestar-se a partir de uma situação traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação.
Sintomas:

  • Sentimentos de desesperança.
  • Dificuldade de concentração, memória ou raciocínio.
  • Angústia.
  • Pessimismo.
  • Agressividade.
  • Falta de apetite.
  • Tronco arqueado.
  • Falta de prazer em executar atividades.
  • Isolamento.
  • Apatia.
  • Insônia ou sono excessivo que não satisfaz
  • Desatenção em tudo que tenta fazer.
  • Queixas de dores.
  • Baixa auto-estima e sentimento de inferioridade
  • Idéia de suicídio ou pensamento de tragédias ou morte.
  • Sensação freqüente de cansaço ou perda de energia
  • Sentimentos de culpa.
  • Dificuldade de se afastar da mãe.


Medos e aflições de abandono e rejeição.
Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc.

Bibliografia: 
  • ASSUMPÇÃO, F. B. Jr. Depressão na infância. Pediatria Moderna. 28 (4), p. 323 – 328, 1992.
  • BANDIN, J. M.; et al. Depressão em crianças: características demográficas e sintomatologia. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 44 (1), p. 27 – 32, 1995.
  • CHESS, S. e HASSIBI, M. Princípios e práticas da psiquiatria infantil .Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.
  • Ballone GJ, Dificuldades de Aprendizagem, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005.  
  • http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/deprssao-infantil.htm
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Adaptação na escola: 12 dicas para passar pelo processo

O período da adaptação escolar nem sempre é fácil e, muitas vezes, você sofre mais do que o seu filho

Resultado de imagem para boneco de crianças chora muito para ficar na escola
A PRIMEIRA VEZ
1) Um pedacinho de casa

Primeiro dia no berçário. Não dá para dizer que, porque seu filho não fala, a adaptação será mais fácil. Até completar 9 meses, o bebê guarda as informações na mente por meio de registros emocionais – e uma experiência que não seja tranquila pode fazer com que ele tema a escola por muito tempo. Para evitar problemas, você precisa estar disponível para passar essa fase ao lado dele.
Levar itens que tenham o cheiro do quarto dele, por exemplo, também vai confortá-lo: pode ser a naninha ou o brinquedo do berço. Só não se esqueça de manter atenção especial ao comportamento do seu filho. Como ele não fala, você precisa perceber se está se alimentando e dormindo bem, brincando normalmente ou se está com doenças respiratórias. Esses são indicadores de que algo não vai bem. Caso isso aconteça, visite a escola para ver se estão mantendo a rotina e converse com a coordenação.
2) Envolva seu filho

Para a criança que precisará encarar a rotina de aulas pela primeira vez, uma boa maneira de introduzir o assunto é dizer que ela está crescendo e que, por isso, precisa de um espaço para brincar com outras crianças e aprender coisas novas. Levá-la para comprar os materiais escolares ajuda a prepará-la de uma forma estimulante. Para não ficar caro, dê oportunidades de escolha, como “este ou aquele lápis?” ou “qual mochila entre essas três é a melhor?”.
É preciso, porém, sensibilidade para perceber se essa participação está se transformando em ansiedade. Evite tocar muito no assunto e perguntar se ele já está preparado muito antes da hora. Se possível, leve-o para conhecer o colégio quando estiver mais perto do primeiro dia de aula.

3) Se prometer, cumpra

A semana de adaptação das crianças que nunca foram à escola é muito parecida na maioria delas. Os pais levam seus filhos por pequenos períodos de tempo, que ficam maiores conforme eles vão se acostumando com a ideia de estarem longe da família. Durante esse processo, é fundamental que a criança se sinta segura e perceba que está no meio de pessoas dignas de sua confiança. Mentir ou sair de fininho pode dificultar as coisas. Se você disser que estará esperando no pátio, faça exatamente isso. Os pais que não podem se ausentar do trabalho devem explicar ao chefe que estão passando por um momento delicado e pode ser que precisem sair às pressas em uma emergência.
4) Mantenha o equilíbrio entre aconchego e firmeza

Prepare-se, porque as primeiras semanas de adaptação deixarão a criança mais sensível. A mudança traz insegurança, medo, frustração, irritação, muitas vezes traduzidos pelo choro. Embora seja difícil ver tudo isso acontecer, pense que aprender a lidar com essas emoções é uma etapa importante do desenvolvimento. Blindar seu filho disso só o deixará frágil. Quando o choro aparecer, o melhor é reforçar que a escola é importante, que você sabe que ele está sofrendo, mas acredita que ele vai conseguir superar. É difícil para a criança e para você, mas é necessário firmeza. Sem esquecer que ela precisará muito do seu colo e da sua paciência. Afinal, momentos de separação nunca são fáceis. Foi isso que ajudou a assistente comercial Hanã Carreiro, 25 anos, quando a filha Izabelly, 3, foi para a escola pela primeira vez. Ela tinha 1 ano e meio e chorava muito, mesmo na semana de adaptação, com a mãe junto. Hanã chegou a levá-la dia sim, dia não para ver se a filha se acostumava aos poucos. Mas o que funcionou mesmo foi ter muita paciência e conversar com ela todos os dias, valorizando a escola. “No dia anterior sempre conversava e explicava que o papai ia buscá-la no fim da aula. Também procurei mostrar que ir para a escola era legal, com brincadeiras e novos amigos”, lembra.
5) Rotina adaptada

Ao começar a vida escolar, o dia a dia da criança muda completamente. Por isso, alguns ajustes podem ser necessários para que ela se adapte de forma mais tranquila. Quando a auxiliar de cabeleireiro Cintia Santos de Souza, 27 anos, colocou o filho Luiz Paulo, 3, na escola, passou por dias difíceis. Na época com 2 anos, o menino chorava a ponto de se jogar no chão toda vez que chegava lá, não aceitava ficar na sala e não comia.
Então, a professora ligou para Cintia e propôs uma mudança na rotina de Luiz, pois ele dormia e acordava tarde, ficando sem tempo para ir com calma para a escola. A mãe começou a fazer atividades com ele de manhã, depois, era hora de uma soneca, banho, almoço e, então, a ida para o colégio. “No primeiro dia que fiz isso ele já não chorou tanto e, quando cheguei pra buscá-lo, a professora disse que ele era outra criança. Depois de uma semana, não chorava nem chamava por mim”, lembra.

MUDANÇA DE ESCOLA
6) Mundo novo

Se o seu filho entrou com poucos meses no berçário, a mudança de colégio é como se fosse a primeira vez. Nesse caso, siga também todas as dicas dadas anteriormente. Para aquelas crianças que já estão adaptadas ao ambiente escolar, mas vão enfrentar uma “mudança de ares”, o processo costuma ser mais simples, mas isso não quer dizer que elas não precisem de atenção. A separação dos amigos, dos professores e até da sala de aula antiga costuma ser dolorosa e a integração a um novo grupo, muitas vezes já formado, é um desafio. Nesse caso, mais do que disponibilidade física, seu filho precisará de ajuda emocional.

Deixe claro para ele que o contato com os amigos antigos pode ser mantido. E ressalte, de forma positiva, que ele está tendo a oportunidade de ampliar sua rede de amizades e aprender coisas novas. Não se esqueça de perguntar como foi o dia na escola nova e o que você pode fazer para ajudá-lo a se integrar melhor.
7) Este é meu filho!

A adaptação com os professores também é fundamental, principalmente para que eles conheçam detalhes de saúde e comportamento do seu filho que só você pode contar, como o que ele tem mais resistência para comer, quais são seus medos e dificuldades.
Também é interessante pensar em formas de seu filho se apresentar aos colegas para facilitar o entrosamento, como aconteceu com Júlia Gravinan, 3 anos, que é muito tímida. Quando a família precisou mudar de Belém (PA) para São Paulo, a maior preocupação era a dificuldade de relacionamento que ela teria. Então, escola e mãe se uniram. Na primeira semana de aula, Júlia levou uma muda de açaí para que as outras crianças conhecessem algo típico da região de onde veio. Além disso, para que perdesse a timidez nas rodas de conversa, a família foi orientada a guardar lembranças do fim de semana para que Júlia pudesse compartilhar com os amigos. “Se íamos ao cinema, ela levava o ingresso para contar sobre o filme. Se viajávamos para a praia, levava uma conchinha. Em pouco tempo, estava mais falante”, relembra a mãe, a publicitária Roberta Gravinan, 35 anos.
8) Como vai ser?

Você pode contar para a criança o que ela vai encontrar lá na frente. Explique o que aprenderá durante o ano e, se possível, antecipe a turma com que seu filho vai conviver, apresentando alguns alunos antes mesmo de as aulas começarem – converse com a escola e proponha que ela ajude. Foi o que aconteceu com Lucas, 3 anos. Três meses antes de mudar de Chapecó (SC) para Botucatu (SP), a professora teve uma ótima ideia, como conta o pai Marcos Panhoza, 36. “O colégio de Chapecó fez uma aula só sobre Botucatu, mostrando para os alunos tudo o que a cidade tinha de interessante. Também pediram que a escola nova mandasse uma foto daquela que seria a nova sala do Lucas.” Assim, o menino já chegou mais enturmado e a adaptação ocorreu de forma tranquila.

A SUA PREPARAÇÃO
9) Não deixe a tristeza pegar você de surpresa

Talvez você sinta a dor da separação mais do que seu filho e isso vai causar tristeza. Por isso, esteja preparado para lidar com esse sentimento ou, pelo menos, aceitá-lo, como fez a advogada Priscila Westphal, 31 anos. Quando levou José Augusto, 2, à escola pela primeira vez, não se conteve na hora em que precisou deixá-lo chorando com a professora. “Desmoronei. Fui para a recepção e veio tanta culpa e dor que meu choro se tornou compulsivo.”

Foi só quando a professora disse que o menino se acalmou no instante em que a mãe virou as costas que ela parou para refletir: “Como assim ele está bem sem mim? Passei dois anos achando que era imprescindível na vida dele. Depois lembrei que estou criando um filho para o mundo e ‘para o mundo’ é, muitas vezes, longe de mim. É a escola da vida, né? Deixar ir e aproveitar o voltar!”, opina Priscila.
Por mais que você se prepare, talvez não esteja pronto quando chegar o momento. Mas vale tentar: antes do começo das aulas, deixe seu filho brincar com outras pessoas ou, se possível, leve-o para a casa da avó ou da tia e vá fazer algo de que goste. Assim, vocês dois vão treinando ficar longe um do outro.
10) Segurança na chegada

Despedir-se do filho na entrada da escola é um dos momentos mais difíceis na vida de uma mãe ou um pai. Se o filho vai para o berçário com poucos meses, a aflição é por deixar alguém tão pequeno e indefeso nos braços de um “estranho”. Se a criança já é um pouco maior, pode ser difícil por estar mais acostumada a ficar em casa ou porque parte o coração dos pais ouvir: “Não quero ir pra escola, quero ficar com você”. Sabemos que é uma missão difícil, mas, nessa hora, estufe o peito, não deixe que ela perceba a sua angústia e estimule que se sinta confiante e independente.
Caso o seu filho ainda não ande, passe-o para o colo da professora com um beijo, mas sem muita enrolação, pois o bebê também sente a sua insegurança. Se ele já for maior, incentive-o a entrar na escola caminhando e levando a própria mochila. Agora, se é você que não consegue se controlar na hora do adeus, considere pedir para que outra pessoa leve seu filho para a escola durante alguns dias. Com o tempo, você estará mais tranquilo e poderá assumir a função outra vez.
11) Procure distrações

Será que ele está bem? Está comendo direito? A professora vai ajudá-lo quando ele precisar? Passar o dia pensando nessas questões só vai deixá-lo com rugas de preocupação. Por isso, procure manter a cabeça ocupada no período em que ficará sozinho. Que tal aproveitar para marcar um almoço com aquele amigo que você não vê faz tempo? Se estiver difícil de lidar com a angústia, procure conversar com outros pais que já passaram por isso. Eles podem transmitir conforto.
12) Faça parte da turma

Não é somente o seu filho que precisará passar por adaptação. Você também terá uma fase de integração com os novos pais e professores – e é importante estabelecer esse vínculo logo no início. Participe das atividades propostas pelo colégio, procure ir aos eventos sociais, como aniversários dos colegas, organize com outros pais piqueniques ou passeios, como uma ida ao teatro. Lidar com as diferenças e ressaltar a importância do convívio social são boas maneiras de dar o exemplo. E estabelecer esse contato é uma forma de incentivá-lo ainda mais a se abrir para novas amizades.

http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Escola/Volta-as-aulas/noticia/2014/01/12-dicas-para-passar-pela-adaptacao-sem-traumas.html
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI125102-15153,00-SEU+FILHO+AINDA+NAO+SE+ADAPTOU+A+ESCOLA.html
http://www.macetesdemae.com/2014/01/dicas-para-a-adaptacao-escolar.html

terça-feira, 22 de agosto de 2017

 Atividades para promover ações afirmativas e combater o preconceito e a discriminação em sala de aula.
Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade

RODAS DE CONVERSA
Reunir os pequenos em uma roda abre espaço para conhecê-los melhor. Para entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. Nessa hora, não tema a conversa franca e o diálogo aberto.
CONTOS
A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o repertório. Textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças são sempre muito bem-vindos.
BONECOS NEGROS
As crianças criam laços com esses brinquedos e se reconhecem. É interessante associar esses bonecos ao cotidiano da escola e das próprias crianças, que podem se revezar para levá-los para casa. A presença de bonecos negros é sinal de que a escola reconhece a diversidade da sociedade brasileira. Caso não encontre bonecos industrializados, uma boa saída é confeccioná-los com a ajuda de familiares.
MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
A música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. Conhecer músicas em diferentes línguas, e de diferentes origens, é um bom caminho para estimular o respeito pelos diversos grupos humanos. E isso se aplica a todas as formas de Arte.

12 LIVROS INFANTIS PARA TRABALHAR RELAÇÕES RACIAIS NA ESCOLA

Com o intuito de fortalecer o debate sobre alguns temas que constituem verdadeiros dilemas para professores, mães e pais diante das discriminações sofridas por crianças negras de diferentes idades em seu cotidiano escolar, elaboramos esta lista com 12 sugestões de livros infanto-juvenis que podem ser compartilhados tanto na educação infantil e no ensino fundamental, quanto em casa, praças, becos e vielas. São eles:
  1. Todas as cores do negro. Texto e ilustrações de Arlene Holanda. Brasília/DF: Conhecimento, 2008.Modelo.indd
Aborda em linguagem de prosa poética o universo da cultura e herança dos povos africanos no Brasil. Passeia pelo processo histórico da escravidão, com foco na resistência e se demora no período pós-abolição: as condições de abandono a que foram submetidos os negros, as estratégias de sobrevivência, o preconceito, a segregação social.
Público: infanto-juvenil (de 8 à 12 anos, ou alunos do 3º ao 6º ano) Número de páginas: 31
  1. Menina bonita do laço de fita. Texto de Ana Maria Machado e Ilustrações de Claudius. 7. ed. São Paulo: Ática, 2005.
menina
Traz uma linda história de valorização da beleza negra, onde um coelho branquinho queria casar-se e ter uma filha “bem pretinha”. Durante a obra, o coelho tenta descobrir o segredo para conquistar o seu tão sonhado desejo. Leia o livro e acompanhe a busca do coelhinho!
Público: infantil Número de páginas: 24
  1. A Cor da vida. Texto de Semíramis Paterno. Belo Horizonte/MG: Editora Lê, 2008.
a cor da vida
É um livro ilustrativo que trabalha a diferença ao contar a história de duas crianças que se conhecem e ficam amigos quando passeiam com suas mães. Elas se olham e brincam, se distanciando do local onde estavam. Quando as mães percebem o desaparecimento dos filhos, ficam enraivecidas e saem correndo em busca dos dois. Mas, uma surpresa as aguarda. Por meio de um jogo poético com as cores, duas crianças mostram para suas mães que a luta pela igualdade não significa apagar as diferenças.
Público: infantil Número de páginas: 8
  1. Obax. Texto e ilustrações de André Neves. Rio de Janeiro/RJ: Brinque-Book, 2010.
obax
Quando o sol acorda nos céu das savanas, uma luz fina se espalha sobre a vegetação escura e rasteira. O dia aquece e é hora de descobrir muitas aventuras. OBAX percorre a savana africana com a sua imaginação. Ela conhece girafas e outros animais selvagens, mas o seu passatempo preferido é contar histórias! Algumas delas são tão incríveis que mais parecem um sonho. As ilustrações são excepcionais e o texto nos proporciona um passeio pela diversidade e pluralidade do continente africano.
Público: infantil Número de páginas: 33
  1. O livro das origens. Texto de José Arrabal e ilustrações de Andréa Vilela. São Paulo: Paulinas, Coleção Mito & magia.
livro das origens
Neste livro o autor apresenta uma série de mitos de algumas regiões do Brasil, África e México sobre origens. Permite-nos ver como o amazonense e o paraense, como o africano da África do Sul e de Uganda e, por fim, como os Astecas veem a vida. São várias culturas pensando o mundo de forma muito diversa.
Público: infanto-juvenil (de 6 à 10 anos, ou alunos do Ensino Fundamental I). Número de páginas: 53
  1. Bruna e a galinha d’Angola. Texto de Gercilga de Almeida e ilustração de Valéria Saraiva. Rio de Janeiro/RJ: Pallas, 2011.
bruna
A obra retrata o universo mítico africano representado pela Galinha d´angola e sua relação com a criação do universo.
Público: infantil Número de páginas: 24
  1. A História do Rei Galanga. Texto de Geranilde Costa e ilustrações de Claudia Sales. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2011.
sete
O livro trata da História do Rei Galanga, conhecido como Chico Rei, um rei africano que teve seu reinado invadido pelos portugueses e fora trazido com sua família e outras pessoas de seu grupo para o Brasil na condição de escravos. Além de contar a história do rei Galanga, o livro traz como objetivos o interesse de desmistificar a idéia da África como um continente sem história anterior à invasão portuguesa e a oportunidade de apresentar, por meio da existência dos Orixás junto ao Candomblé e a Umbanda, alguns princípios da cosmovisão africana, sendo portanto estes o grande diferencial do livro e seu caráter inédito com relação as demais publicações sobre Chico Rei.
Público: infanto-juvenil (de 6 à 10 anos, ou alunos do Ensino Fundamental I) Número de páginas: 32
  1. Ifá, o Adivinho. Texto de Reginaldo Prandi e ilustrações de Pedro Rafael. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.
oito
O livro nos apresenta um rico conjunto de personagens, costumes e modos de agir do universo cultural africano que se tornou parte constitutiva da diversidade cultural brasileira. Conta a história de um adivinho chamado Ifá que jogava seus búzios mágicos e desvendava o destino das pessoas que o consultavam. Ele as ajudava a resolver todo tipo de problema, mas o que mais gostava de fazer era auxiliá-las a se defender da Morte. Um dia, a Morte, irritada com a intromissão de Ifá em seus negócios, decidiu acabar com ele. Ifá foi salvo da Morte pela intervenção de uma corajosa donzela chamada Euá, e pôde continuar seu trabalho de ler a sorte, predizer o futuro e proteger as pessoas da Morte.
Público: infanto-juvenil (de 6 à 10 anos, ou alunos do Ensino Fundamental I) Número de páginas: 63
09.     Minha mãe é negra sim! Texto de Patrícia Santana e ilustrações de Hyvanildo Leite. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2008
nove
O livro “Minha mãe é negra sim!”, da autora Patrícia Santana, conta a história do menino Eno, que se vê às voltas com o racismo na escola e sofre com o dilema de ter que retratar sua mãe negra, em uma atividade escolar. O garoto Eno é levado a se perguntar pela sua origem. Negro, ele percebe o preconceito da professora que sugere que Eno pinte o desenho da mãe, negra, de amarelo por ser uma cor mais bonita. Não pode haver tristeza maior para o seu coração. A mãe, que ele tanto amava e era tão linda! E a professora era professora, afinal tão difícil era contestá-la. Mesmo triste Eno procura saber no dicionário uma explicação para o preconceito. O dicionário não ajudou e ele seguia triste até que o avô tem uma conversa decisiva com ele. E mais do que conversa, aconchegou-o com todo amor.
Público: infantil Número de páginas: 32
  1. Cada um com seu jeito, cada jeito é de um! Texto de Lucimar Rosa Dias e ilustrações de Sandra Beatriz Lavandeira. Editora Alvorada, 2012.
luanda
O livro infantil conta a história de Luanda, uma menina negra muito sapeca e vaidosa, que adora o seu cabelo crespo onde envolve tod@s da família nos diversos penteados que inventa para desfilar sempre linda na escola. Foi seu pai quem escolheu esse nome para ela por acreditar que ela seria tão linda quanto à cidade africana que ele conheceu quando era jovem. A leitura promove o reconhecimento e a valorização das diferenças e das características pessoais que fazem de cada indivíduo um ser único e que deve se amar do jeitinho que é.
Público: infantil Número de páginas: 52
  1. África: um breve passeio pelas riquezas e grandezas africanas. Texto de Fernando Paixão e ilustrações de Kazane. Fortaleza: Editora IMEPH, 2012.
onze
O texto em formato de cordel nos mostra a imensa riqueza e extraordinária beleza do continente africano, permitindo desmistificar a ideia de uma África homogênea e devastada pela miséria.
Público: infanto-juvenil (de 6 à 12 anos, ou alunos do Ensino Fundamental I) Número de páginas: 28
  1. Omo-Oba-Histórias de Princesas . Texto de Kiusam de Oliveira e ilustrações de Josias Marinho. Mazza Edições, 2009.
doze
O livro reconta mitos africanos, divulgados nas comunidades de tradição ketu, pouco conhecidos pelo público em geral e que reforçam os diferentes modos de ser em relação ao feminino, nos permitindo trabalhar o emponderamento das meninas dos novos tempos. Dividido em seis mitos, relata as histórias de Oiá, Oxum, Iemanjá, Olocum, Ajê Xalugá e Oduduá.
Público: infantil Número de páginas: 48

http://avisala.org.br/index.php/conteudo-por-edicoes/revista-avisala-23/so-nao-enxerga-quem-nao-quer-racismo-e-preconceito-na-educacao-infantil