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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

                                 Por que meu filho mente tanto?



Beatriz Guimarães Otero
Psicóloga/Psicoterapeuta Junguiana


A mentira é sempre encarada com muita preocupação por parte dos pais. Por esse motivo, é importante ter em mente que para uma criança de até cinco anos de idade, mentir é normal.
Até esta fase do desenvolvimento, é tido como completamente normal que a criança invente histórias. Isto porque a realidade ainda é muito confundida com a fantasia.
A imaginação e a fantasia fazem parte do mundo da criança até os cinco anos, e são bases para o pensamento lógico do adulto. Mas, à medida que a criança vai crescendo, essas funções vão dando lugar à noção de realidade, sem que sejam completamente extintas.
A partir dos seis anos de idade espera-se que a criança ainda brinque com a imaginação, mas que fantasie bem menos.
A mentira pode ser encarada como intencional a partir dos sete anos de idade, fase na qual a noção de realidade já está estruturada e a criança sabe diferenciar muito bem o que é mentira e o que é realidade.
As crianças maiores podem mentir por vários motivos: temer castigos e repreensões, receber alguma recompensa, se isentar de culpas, fugir de responsabilidades, melhorar a autoestima, chamar a atenção.
Outro motivo que pode levar a criança a mentir é quando seus pais mentem. Os pais são os modelos mais importantes para as crianças. As crianças se espelham no comportamento de seus pais.
Se os pais pedem que a criança minta ao telefone dizendo que não estão em casa, estão ensinando seu filho a mentir. Ou quando os pais deixam passar uma mentira de seu filho, também estão reforçando este comportamento, fazendo com que a criança encare a mentira como algo natural.
Isto, no futuro se transforma no resfriado fictício para escapar da bronca da professora por não ter feito a lição, no automóvel de última geração que na verdade o pai não tem para chamar a atenção dos colegas etc.
Percebemos que a criança aprende desde cedo a mentir quando seus pais a ensinam a não dizer quando acham a roupa da colega feia, ou quando não gostam de um presente de aniversário.
Ou seja, à medida que começam a ampliar sua rede de relacionamento, as crianças são treinadas a contar algumas mentiras para não magoar o outro, inibindo sua espontaneidade. A partir daí, a criança aprende que necessita esconder o verdadeiro sentimento em algumas situações.
Uma pergunta muito importante que surge é: e como os pais devem agir frente a tudo isto?
Em primeiro lugar, os pais devem, sempre que perceberem uma mentira, pontuar a diferença entre a fantasia e a realidade, mesmo que a criança ainda seja pequena e não entenda essa diferença.
A criança tem que saber que quando mente terá a desaprovação de quem o cerca, e que se fizer o contrário, ou seja, contar a verdade, será admirada.
E que ao invés de castigar ou dar uma bronca, compete aos pais ensinarem os benefícios da verdade e os prejuízos da mentira. Isto porque as broncas e os castigos gerarão mentiras futuras com a intenção de fugirem disto.
Quando a criança desenvolve um comportamento mentiroso frequente que se estende muito além dos sete anos, os pais devem procurar ajuda profissional para compreender porque isto está acontecendo e receber as orientações necessárias. Isto porque após esta idade, o emprego frequente de histórias fantasiosas pode revelar problemas sérios.
Afinal, a fantasia neste caso pode não ser mais considerada uma mentira proposital, mas sim, uma fuga da realidade, como é o caso das psicoses em que a mentira vem em forma de delírios, devido a uma quebra de contato com a realidade.
Ou ela pode surgir também na forma de uma compulsão, como se fosse uma dependência. Neste caso, a pessoa sabe que está mentindo, mas não consegue se controlar. 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015


          A IMPORTÂNCIA DO LIVRO PARADIDÁTICO
   

          Através do livro paradidático trabalhamos a linguagem verbal e não verbal. Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros.
          A leitura é a atividade linguística mais difícil e complexa, é um dos processos de aquisição da lectoescrita e, como tal, compreende duas operações fundamentais: a decodificação e a compreensão.
             O livro paradidático é um recurso indispensável dentro do espaço escolar, pois o professor pode utilizá-lo como suporte para planejar suas aulas, elaborar atividades, selecionar questões, ampliar seus conhecimentos, desenvolver a oralidade, ampliar o vocabulário, despertar a imaginação e muitas outras emoções.
        A leitura é importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser iniciada no período da Educação Infantil e continuar em diferentes graus de ensino. Ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento.
       O livro paradidático é peça fundamental para o cumprimento do currículo escolar, pois com ele o aluno lê, enriquece as ideias e pode aprender diversos temas em outras disciplinas.
       As histórias transportam o leitor para outro tempo, outro lugar, outra cultura é uma viagem que ajuda a sonhar, pensar e descobrir.
    Essa importante ferramenta aborda histórias diferentes utilizando uma linguagem comum, e precisa ser trabalhada com mais criatividade, pois de forma errônea proporciona um afastamento rápido entre a criança e o livro, agravando a crise da leitura no Brasil que já parece como um mal crônico.
          Podemos ver o quanto a falta de leitura está acabando com a educação dos nossos jovens, uma matéria no g1.globo.com mostra bem a realidade da falta de leitura na sociedade.

529 mil alunos ficaram com nota zero na redação do Enem 2014, diz MEC Índice representa 8,5% dos candidatos participantes. 
Nota de cada um dos 6,1 milhões de estudantes saiu nesta terça.
Queda na média
Ainda segundo o MEC, a média das notas em redação teve uma queda de 9,7% em relação ao Enem de 2013 entre os alunos que estão concluindo o ensino médio. Em matemática, a queda foi de 7,3% em relação ao exame anterior.
             
          
             Em diversos lugares a dificuldade que as pessoas encontram hoje em se expressar através de textos está tomando uma proporção assustadora. O desafio em ordenar palavras e dar sentido a ideias aumentam a cada dia com as gírias, repetição de palavras, erros ortográficos, abreviatura na escrita ou na fala, atrapalhando a escrita de textos com lógica e coerência.
          É claro o desinteresse das crianças e adolescentes por essa atividade, se antes a televisão era a responsável por isso, hoje temos uma gama de recursos tecnológicos à disposição, desviando ainda mais a atenção dos livros.
            Os benefícios do livro paradidático na vida do educando é incalculável e para toda vida, é basilar para a aprendizagem de todas as disciplinas do currículo escolar.
         Um bom trabalho de leitura leva a criança a querer ler mais, a buscar saber, pesquisar curiosidades, viajar na imaginação, desenvolver grandes criatividades e adentrar-se no mundo da arte, do desenho e da imagem, através das instituições. A leitura aumenta a habilidade de escutar, ajuda na concentração, desenvolve seu sentido crítico, aumenta a variedade de experiências, enriquece o vocabulário, amplia o conhecimento, cria alternativas de diversão e prazer no universo escolar, aumenta a chance de escrita com coerência, contribuindo automaticamente para o sucesso da escolarização.