É um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade
em articular as palavras e pela má pronunciação, seja omitindo, acrescentando,
trocando ou distorcendo os fonemas.
A criança portadora dessa alteração
troca as palavras por outras similares na pronúncia como, por exemplo: “omei”
no lugar de tomei; “balata” ao invés de barata; “Atelântico” em substituição a
Atlântico; “biito” para significar bonito; “tebisão” trocado por televisão;
“tota-tola” em substituição a coca-cola… etc.
Tipos de dislalia:
1.
Evolutiva: considerada como normal até por volta dos quatro anos de idade e
geralmente se corrige por si mesma.
2.
Funcional: em que ocorre a substituição ou eliminação das letras durante a
fala.
3.
Audiógena: ocorre em pessoas com deficiência auditiva.
4.
Orgânica: decorrente de alterações físicas ou cerebrais.
Até
os quatro anos, o erro em pronunciar as palavras é considerado normal, mas,
após essa idade, continuar falando mal pode acarretar sérios problemas,
inclusive na escrita. Uma opção é fazer o trabalho preventivo à alfabetização,
evitando dificuldades escolares. Possivelmente ocorra a estimulação do distúrbio caso a criança use chupeta, mame mamadeira ou chupe
dedo por tempo prolongado, causando flacidez muscular e postura indevida da
língua.
Os adultos que convivem com a criança não devem
achar graça ou dizer que essa fala errada da criança é “bonitinha”, nem
ridicularizá-la por isso porque assim podem estar reforçando o problema ou
criando sentimentos de inferioridade na criança. Devem, também, evitar os
diminutivos e uma forma infantil de falar com a criança. O melhor é falar com
ela numa linguagem adequada à sua idade, mas de modo correto, articulando bem
os fonemas. Elogie-a quando ela falar certo, mas não a critique quando falar
errado.
O tratamento da dislalia, conforme a
natureza do caso pode caber ao otorrinolaringologista, ao fonoaudiólogo ou ao psicopedagogo ou mais frequentemente
a uma equipe multiprofissional.
O mais famoso personagem de Maurício de
Sousa,
o Cebolinha, conhecido por trocar a letra “R” por “L”,
tem discalculia.
http://neuropsicopedagogiaemfoco.blogspot.com.br/2011/08/cursos-ou-livros-sobre-o-metodo-fonico.html
http://www.apoiopsicopedagogico.com/orientacoes-aos-pais/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dislalia
DOCKERELL, Julie. Crianças com dificuldades de aprendizagem: uma
abordagem cognitiva. Ed. ARTEMED, 2000.
LESLIE, P.; FERREIRA, Befi; LOPES, Débora M.; LIMONGI, Suelly Cecília
Olivam. Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, 2004.